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Vacina Que Ativa Defesa do Corpo Contra Câncer Cerebral Avança nos Testes Clínicos

  • Foto do escritor: Lidi Garcia
    Lidi Garcia
  • 13 de mai.
  • 3 min de leitura

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Ensaio da vacina contra glioblastoma avança. Glioblastoma é um tipo muito agressivo de câncer no cérebro, com poucas opções eficazes de tratamento. Um novo estudo nos EUA está testando uma vacina chamada SurVaxM, que ajuda o sistema imunológico a atacar as células do tumor. Os primeiros resultados mostram que ela é segura e pode aumentar a sobrevida dos pacientes. O estudo continuará, trazendo esperança de um novo tratamento para esse câncer tão difícil.


Glioblastoma é o tipo mais agressivo de câncer cerebral em adultos. Ele cresce rapidamente e invade o tecido cerebral saudável, dificultando a remoção completa por cirurgia. Esse tumor costuma afetar pessoas entre 45 e 70 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade. 


Mesmo com o tratamento padrão, que inclui cirurgia para remover o máximo possível do tumor, seguida por radioterapia e quimioterapia com a droga temozolomida, a sobrevida média dos pacientes é de cerca de 15 meses após o diagnóstico. Por isso, novos tratamentos são urgentemente necessários, especialmente opções que possam aumentar o tempo e a qualidade de vida dos pacientes.

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Diante desse cenário desafiador, o Roswell Park Comprehensive Cancer Center, nos Estados Unidos, está conduzindo um estudo clínico promissor chamado SURVIVE, que avalia a vacina terapêutica SurVaxM em pacientes recém-diagnosticados com glioblastoma. 


Diferente das vacinas tradicionais, essa vacina não previne doenças, mas treina o sistema imunológico a identificar e atacar as células tumorais, com base em uma proteína chamada survivina, encontrada em grandes quantidades nas células do glioblastoma.


O SurVaxM foi desenvolvido dentro do próprio centro Roswell Park e já demonstrou segurança e potencial em estudos anteriores. Agora, em um estudo de fase 2B, os pesquisadores querem entender se a vacina realmente ajuda os pacientes a viverem mais e com mais qualidade, quando combinada com o tratamento padrão. 


Após uma análise interina (uma espécie de “checagem no meio do caminho”), o estudo continuará sem alterações, o que indica que os primeiros resultados foram positivos o suficiente para justificar sua continuidade. 

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Até agora, a vacina SurVaxM tem mostrado ser segura e bem tolerada, o que significa que não causa efeitos colaterais graves e pode ser usada junto com quimioterapia e radioterapia sem comprometer o bem-estar dos pacientes. 


Isso é fundamental, especialmente para quem já enfrenta os efeitos de um câncer tão agressivo. Em um estudo anterior, 93,7% dos pacientes tratados com SurVaxM estavam vivos um ano após o diagnóstico, um número significativamente maior do que os 65% esperados com o tratamento tradicional.


Além do glioblastoma, o SurVaxM está sendo testado em outras condições:


- Em crianças com diferentes tipos de tumores cerebrais agressivos, como meduloblastoma e gliomas de alto grau.


- Em adultos com mieloma múltiplo, um tipo de câncer do sangue.


- Em pacientes com tumores neuroendócrinos, que são mais raros e afetam células produtoras de hormônios.

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Esses estudos estão sendo conduzidos em parceria com instituições como o Instituto Nacional do Câncer dos EUA (NCI) e mostram o interesse crescente na imunoterapia como uma nova fronteira para o tratamento de cânceres difíceis de tratar.


A continuidade do estudo SURVIVE representa uma esperança real para pacientes com glioblastoma, ao explorar uma estratégia inovadora que ativa o próprio sistema imunológico contra o tumor. Se os resultados finais confirmarem os benefícios já observados, o SurVaxM pode se tornar uma ferramenta essencial na luta contra um dos cânceres mais difíceis da medicina atual.



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Roswell Park Comprehensive Cancer Center

 
 
 

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