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Cérebro Mais Forte Com Exercício: Ciclismo Mostra Efeito Real No Parkinson

  • Foto do escritor: Lidi Garcia
    Lidi Garcia
  • 6 de ago.
  • 3 min de leitura
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Estudos mostram que exercícios físicos, como pedalar, podem ajudar pessoas com Parkinson não só nos movimentos, mas também no funcionamento do cérebro. Um experimento com pacientes que usavam eletrodos cerebrais mostrou que, após algumas semanas de treino, houve mudanças positivas em áreas do cérebro ligadas à doença, parecidas com os efeitos da medicação. Isso indica que o exercício regular pode ter um papel importante no tratamento e na saúde cerebral a longo prazo.


A Doença de Parkinson (DP) afeta cerca de 10 milhões de pessoas no mundo e é mais conhecida por causar tremores, lentidão nos movimentos e dificuldades de equilíbrio. Os tratamentos mais usados hoje são remédios que repõem a dopamina (como a levodopa) e cirurgias que estimulam partes do cérebro com pequenos choques elétricos. 


Mas, além desses tratamentos, pesquisadores descobriram que a prática de exercícios físicos, como fisioterapia, caminhada ou ciclismo, também pode ajudar bastante. Os exercícios melhoram a força, o equilíbrio, a forma de andar e até sintomas como a memória e o humor.  

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Isso acontece porque o exercício ajuda o cérebro a se proteger e a se recuperar, estimulando substâncias que favorecem a saúde dos neurônios. Embora os benefícios físicos sejam visíveis, ainda não se sabe exatamente como o exercício muda o funcionamento do cérebro nas pessoas com Parkinson.


Para entender melhor isso, os cientistas estudaram um grupo de pessoas com Parkinson que já tinham feito a cirurgia de estimulação cerebral profunda, um procedimento onde eletrodos são colocados no cérebro para controlar os sintomas. 


Durante um programa de 12 sessões ao longo de um período de quatro semanas de ciclismo em uma bicicleta especial, os pesquisadores mediram sinais elétricos vindos de uma região do cérebro chamada núcleo subtalâmico (NST), que está diretamente envolvida no Parkinson. Eles fizeram essas medições antes e depois de cada exercício para observar como o cérebro reagia no curto e no longo prazo.


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Os resultados mostraram que, embora o exercício não causasse mudanças imediatas nos sinais cerebrais, com o passar do tempo houve alterações significativas na parte superior do núcleo subtalâmico, indicando que essa área estava sendo “treinada” e respondendo ao exercício. 


O tipo de mudança nos sinais era parecido com o efeito dos medicamentos para Parkinson, o que sugere que o exercício pode ter um papel semelhante na melhora dos sintomas.


Curiosamente, a parte inferior do núcleo subtalâmico não mudou com o exercício, o que indica que os efeitos são mais específicos e direcionados. Isso reforça a ideia de que, mesmo que os resultados não sejam imediatos, exercícios regulares podem reprogramar o cérebro e ajudar a controlar a doença.


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Tipos de sinais neurais: potenciais de ação e potenciais de campo registrados extracelular (A), e intracelular (B).



LEIA MAIS:


Electrophysiological correlates of dynamic cycling in Parkinson’s disease

Prajakta Joshi, Lara Shigo, Brittany Smith, Camilla W. Kilbane, Aratrik Guha, Kenneth Loparo, Angela L. Ridgel, and Aasef G. Shaikh

Clinical Neurophysiology. Volume 174, June 2025, Pages 17-27


Abstract: 


Physical exercise like dynamic cycling has shown promise in enhancing motor function in Parkinson’s disease (PD). We examined the underlying mechanisms of dynamic cycling in PD, emphasizing its impact on the activity of the subthalamic nucleus (STN), a pivotal region within the basal ganglia. The investigation involved 100 dynamic cycling sessions conducted among nine PD individuals. Each participant underwent a maximum of 12 sessions over a four-week period. Local field potentials (LFPs) originating from the STN were recorded before and after cycling, utilizing DBS electrodes positioned within the nucleus. We evaluated both immediate and sustained impacts of dynamic cycling on LFP. The periodic LFP activity was assessed by determining the dominant spectral frequency and the power associated with that frequency. Aperiodic LFP activity was analyzed by calculating the 1/f exponent of the power spectrum. Immediate and sustained effects of dynamic cycling on LFPs were evaluated. While immediate changes were insignificant, long-term effects showed an increasing trend in power and the 1/f exponent of the power spectrum, a measure of fluctuation in the signal, in the dorsolateral region of the STN. Ventral region of the STN did not show a significant response to the exercise intervention. These results highlight the impact of dynamic cycling on STN neuronal activity in PD. Prolonged interventions, even without immediate changes, bring about significant modifications, emphasizing the role of extended exercise in PD management and neuroplasticity. These results highlight the impact of dynamic cycling showing changing in the STN neurophysiology in PD.

 
 
 

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