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FDA Aprova Primeiro Exame De Sangue Para Ajudar No Diagnóstico Do Alzheimer's

  • Foto do escritor: Lidi Garcia
    Lidi Garcia
  • 5 de jun.
  • 3 min de leitura

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O FDA aprovou o primeiro exame de sangue que ajuda a identificar sinais precoces do Alzheimer. O teste mede duas proteínas no sangue que indicam a presença de placas no cérebro, um dos principais sinais da doença. É uma alternativa mais simples, rápida e menos invasiva do que os exames atuais, como a tomografia ou a punção lombar. Apesar de não ser definitivo, o exame pode facilitar o diagnóstico precoce e o início do tratamento.


O órgão que regula medicamentos e dispositivos médicos nos Estados Unidos, o FDA (Food and Drug Administration), aprovou pela primeira vez um exame de sangue que pode auxiliar no diagnóstico da doença de Alzheimer.


Ser aprovado pela FDA significa que o produto passou por uma rigorosa avaliação científica e clínica nos Estados Unidos e foi considerado seguro e eficaz para o uso indicado. 


Esse exame inovador, chamado Lumipulse G pTau217/ß-Amilóide 1-42, consegue identificar sinais precoces da doença em pessoas com 55 anos ou mais que já estejam apresentando sintomas de perda de memória ou confusão mental.

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O Alzheimer é uma doença que afeta o cérebro e faz com que, aos poucos, a pessoa perca sua capacidade de lembrar, pensar e realizar tarefas do dia a dia. Ele é mais comum em idosos, e estima-se que atinja cerca de 10% das pessoas com 65 anos ou mais.  


Como é uma doença que vai piorando com o tempo, quanto mais cedo ela for detectada, melhor é a chance de planejar o tratamento e cuidados.


Até agora, o método mais confiável para detectar sinais precoces da doença envolvia exames caros, como a tomografia por emissão de pósitrons (PET), ou a coleta do líquido da espinha (líquido cefalorraquidiano), um procedimento invasivo chamado punção lombar. 


Esses métodos, apesar de eficazes, são difíceis de realizar em larga escala, pois envolvem custos elevados, desconforto e riscos aos pacientes. O novo exame de sangue traz uma alternativa muito mais simples e acessível, com uma coleta comum de sangue feita em laboratório. 

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Esse exame funciona medindo a quantidade de duas proteínas no sangue: a pTau217 e a beta-amiloide 1-42. O Alzheimer está fortemente associado ao acúmulo de placas de beta-amiloide no cérebro, que aparecem anos antes dos sintomas. 


A proporção entre essas duas proteínas no sangue consegue indicar se há ou não essas placas no cérebro da pessoa. Ou seja, o exame consegue “prever” o que está acontecendo no cérebro sem precisar vê-lo diretamente.


Os testes clínicos realizados com quase 500 pessoas mostraram que o exame tem uma boa precisão. Mais de 91% das pessoas que tiveram resultado positivo no exame realmente tinham placas de Alzheimer confirmadas por exames mais avançados, como a PET.


E quase 97% dos que tiveram resultado negativo também estavam livres das placas. Menos de 20% dos participantes tiveram um resultado indeterminado, ou seja, inconclusivo. 

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Apesar de ser um grande avanço, o exame não substitui completamente outros métodos de diagnóstico. Ele é uma ferramenta que ajuda os médicos a avaliar melhor os sintomas dos pacientes, mas os resultados devem ser analisados junto com outros dados clínicos, como testes de memória e histórico médico. 


No entanto, isso não quer dizer que já está disponível em farmácias ou para uso imediato pelo público em geral. Após a aprovação, a empresa responsável ainda precisa organizar a produção, distribuição e, muitas vezes, negociar com laboratórios, clínicas ou sistemas de saúde para que o teste seja oferecido.


Além disso, em outros países como o Brasil ou Uniao Europeia, o exame também precisaria passar por avaliação da Anvisa ou EMA antes de ser comercializado.


Além disso, como todo teste médico, há um pequeno risco de erros. Um resultado falso-positivo (dizendo que há Alzheimer quando não há) pode levar a tratamentos desnecessários e ansiedade. Já um falso-negativo pode atrasar o diagnóstico correto e o início do tratamento.

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O FDA avaliou esse exame através de um processo especial que acelera a liberação de dispositivos considerados inovadores e promissores no tratamento de doenças graves. A empresa responsável pelo teste é a Fujirebio Diagnostics, Inc., que já havia desenvolvido outro exame semelhante, mas que exigia a coleta de líquido da medula espinhal.


Com essa aprovação, o diagnóstico do Alzheimer pode se tornar mais simples, menos invasivo e mais acessível, principalmente para quem está nos estágios iniciais da doença. Essa mudança representa um importante passo rumo a uma detecção mais precoce e eficaz, o que pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias.



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May 16, 2025

 
 
 

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